sábado, 20 de março de 2010

"Dois corpos não ocupam o mesmo lugar" já preconizava Newton. Mas esse conceito não se aplica apenas na física propriamente dita.
Um exemplo disso é o turbilhão de informação que os meios de comunicação impelem aos que os assistem: notícias, dados, análises e fofocas, que muitas vezes querem mesmo é desviar a atenção para assuntos banais e corriqueiros, encobrindo o que lhes, politicamente, convém. Fato que mostra como, em alguns aspectos, a sociedade não evoluiu o esperado, comparado à tempos remotos, onde se aplicava a política do pão e circo, iludindo a população, enquanto o Estado era administrado sem a supervisão pública.
Não que se deva subjugar a cultura de massa ou a importância do Carnaval e do futebol, mas é fundamental saber que enquanto os foliões estão pulando alegremente e os fiéis torcedores vibrando por seus times, o mundo, fora do sambódromo e dos estádios, continua acontecendo. E o pior de tudo isso é que ele acontece sem que as pessoas saibam.

Vale lembrar a análise do psicólogo britânico David Lewis, dizendo "informação não é sinonimo de resolução de problemas. Muitas vezes, vira até a causa deles. O excesso de notícias pode ser tão ruim quanto a ignorância, dificultando a tomada de decisões e levando a paralisia".

Cabe a nós, então, saber filtrar de maneira a analisar qual o tipo de informação é necessária para a formação dos futuros pais, professores, políticos e cidadãos. Caso contrário, a paralisia, citada por Lewis, não atingiria apenas um individuo, mas sim, incorporaria proporções maiores, como a estagnação de uma sociedade — e por que não uma nação? já que não haveria quem supervisionasse a administração do Estado, de novo.


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