quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O começo, o fim e o começo.

Não adianta decretar que acabou,
que não há mais o que entrar e semear.
É ilusão!
Por mais que o amor pareça inocente,
ele bate, se camufla de destino, se mascara de acaso
e quando você menos espera, em algum pedaço
tem um broto despontando no coração.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Sim.

É só dizer, para conquistar, para ceder.
Existem palavras que funcionam melhor que chaves.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

as pessoas não são pra sempre,

mas os sentimentos sim,
a não ser quando desgastados pelas lágrimas,
que ora se fazem de colírio para a alma,
ora de corrosivo para o coração.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Perdendo o amor?

Acho que já estava perdido.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Até admito que todos possuem uma jeito de mostrar seu mundo.
Mas o que sai pela sua janela, amor, é formidável.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Sala de espera

Na boca, o silêncio da demora. Nas mãos, a revista folheada e não lida, a receita e a péssima caligrafia medical, e o café, quando se tem, para esquentar a ansiedade.

domingo, 11 de julho de 2010

O coração, as lagrimas e a valsa.

"Hoje, domingo, 11 de julho de 2010, exatamente as 6:13 da manhã, o sr. Messias Cavalcante, por não aguentar uma parada cardíaca, encerrou sua conta existencial terrena".

E também hoje, no enterro, percebi que quando as pessoas buscam inspiração para seus dilemas, geralmente olham para cima, cavando, em seus problemas, a solução. Mas naquele lugar não existia céu, nem chave para o que motivara o velório. Existia, porém, o chão para enterrar, não só o corpo, mas a verdade que acontecia. Isso explica todos os olhares e pés se encontrando, buscando no piso, buraco para esconder a dor. Apesar de querer, não era algo que precisasse de respostas, apenas acontecera e pronto, aconteceu.

Não sei se o rosto aflito, responsável pela maior parte das expressões, cedeu lugar a outros membros, outros órgãos; ou se ambos estiveram se ajudando multuamente, mas o fato é que as mãos falavam por si, as pernas gritavam um dó maior e os corações, pareciam bumbos. Só depois fui entender a canção: O cérebro, aceitando a trajetória finita daquele corpo, tentava ensinar ao coração que a saudade é um tipo de egoísmo. E o coração replicava, argumentando que egoísmo é não sentir nada. Não aprendeu aquela lição, não tão cedo.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O Assobiador

A música, que pelo ouvido vem,
pelo véu da boca vai,
chorando nos dentes, as notas
e fazendo do vento, som.
E, por mais desafinado que seja,
ainda sim, é melhor que o nada.
Afinal, ritmo é sinônimo de tédio
para uma vida de vários tons.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Antes, minhas palavras nasciam molhadas de tinta.
Hoje, se nascem, morrem afogadas nos pixels.
Vez ou outra, encontro uma ou duas carcaças,
retiro-as e jogo no papel.
Quero meus moldes, minha caligrafia,
pra assim, quem sabe, fazê-las poesia novamente.

sábado, 3 de julho de 2010

As estações podem passar e,
pela chegada do inverno,
as cores das letras congelarem,
mas acredite amor, só você e seu calor,
podem aquecer e assim, terminar minhas frases
antes mesmo delas começarem.

domingo, 27 de junho de 2010

Relicário

Corre a lua, porque longe vai?
Sobe o dia tão vertical
O horizonte anuncia com o seu vitral
Que eu trocaria a eternidade por essa noite

Porque está amanhecendo?
Peço o contrário, ver o sol se por
Porque está amanhecendo?
Se não vou beijar seus lábios quando você se for


C. Eller e Nando Reis

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A falta: ou mata o amor por sofreguidão
ou o caleja contra a solidão, e, pra ser sincero,
não sei o que é pior, um coração morto de tanto
sangrar ou um que de tantos calos, não consiga mais amar.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

É assim, e já não é mais.
A única coisa que permanece igual
é a mudança, inerte, perene e plácida.

domingo, 20 de junho de 2010

Retratos



Tirei uma foto, precisava imortalizar um momento,
enquadrar aquela vida, emolduraçar aqueles sorrisos,
e colocar na estante, de enfeite, aquele sentimento.

É bonito, troféu de outrotora,
ter vivido, ainda que de momento singular
histórias que não se repetirão,
mas estão aqui, no pódio das lembranças
pra guardar no escrivão.

Pena nada do que tenha sido registrado,
igual antes, tenha sobrado.
Os rostos são parecidos, as roupas também são
mas as pessoas deixaram de ser,
esqueceram quem ou que foram
e agora, nessa foto, mora o antigo,
o vazio das lembranças em vão.

O que sobrou?
a impressão
de que naquilo, a foto,
não sobrou mais que
a sensação:
— Nada mais é o que foi,
a unica coisa que permanece
é a mudança ou a solidão.

domingo, 13 de junho de 2010

Não gosto do frio nem do calor.
Gosto do cobertor que o frio me traz
e da piscina que o calor me pede.

São Paulo chove. São Paulo pára.

Eu, como frequentador passivo do transporte público da capital, posso, sem sombra de dúvidas, afirmar:

—São Paulo não sobrevive em meio aquoso.

E, convenhamos que não se precisa ser grande geólogo, físico ou político para listar fatores, encabeçados pela falta de infraestrutura em pontos estratégicos (lê-se desvio de verbas) e discrepância (entenda cinismo) daqueles que a governam, para que ela tenha chegado em tal situação. Ruas alagam, trânsito — antes já demorado — migra para um patamar caótico e, de forma forçada, a vida das pessoas é obrigada a parar, ora pra tentar salvar seus objetos, moveis, roupas, ora pra tentar salvar a própria vida e a daqueles que amam.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Recado à aulas matinais

Sentada logo alí, me faz ouvir suas respostas de física.
E o riso bobo das comédias alheias do momento.
Sabe, até mesmo a raiva por errar química soa bem,
me chamando a atenção em para qualquer movimento.

Como não notá-la se seus traços são recheados de cálculos?
parecem ritmicamente planejados, montados.
Sendo até o pegar de uma borracha algo pensado
e o levantar, no intervalo, uma dança ensaiada.

E ela é assim.

Eu tento não olhar, não quero, não, quero sim,
mas não quero parecer suspeito,
não quero tirar a graça e a expontaniedade do seu sorriso,
quero que ainda ache graça na minha piada matinal
e que não se feche por achar que eu quero mais que o lápis emprestado
e a resposta de literatura da semana passada.

Quero continuar assim, na espreita.
Prefiro te sonhar do que tentar te ter
e perder a sutileza da expressão.
Prefiro te analisar de longe
do que te afastar de vez
ao te faze perceber que enquanto todos
querem só um esboço da sua companhia,
por te querer em arte final, sou eu, a excessão.

domingo, 16 de maio de 2010

Bem, esse é o começo - Capitulo I

— Ela é toda assim, toda.

E isso não é um exagero de linguagem. Se eu quisesse reduzí-la a uma palavra, completa seria o tiro certeiro. Ou vocês acham que Camila de Oliveira iria se contentar com algo que não fosse exatamente o limite da absoluta concretização de seus desejos? Sendo pra ela, uma canceriana de espírito e jornalista de nascimento, explorar o íntimo de cada coração apenas um início que, se depender de você, e só de você, poderia se transformar em um relacionamento eterno. Independente do que isso significar.
Eu, um exímio geminiano atrapalhado e distraído, a principio, não vi nenhum traço de conectividade entre nós, até por que, convenhamos, não tem mesmo como tirar lá muitas conclusões com apenas alguns minutos de, digamos, "convivência".

Mas, as conclusões começarem a aparecer e dentre as três meninas dividindo a mesma mesa, uma com o cabelo azul e outra cor de jambo, ela foi quem mais me chamou atenção. Não pelo seu estereótipo engraçado ou pelo sorriso delicioso de ouvir, mas por que alguma coisa nela me atraia. Talvez fossem nossos signos, talvez fosse o destino brincando de ser cupido ou, nenhum deles. O fato é que algo ia acontecer, e esse mesmo destino apaixonado, se tornaria irônico e, diria de passagem, traiçoeiro em alguns momentos.

Jonny César, o geminiano.

terça-feira, 11 de maio de 2010

As palavras e seus sentidos — A mobília

As palavras são ocas. Ora para emoldurar amores, ora para abrandar tragédias. Diria, então, se pudesse, que meu coração é uma grande sala cheia de jornais e retratos.

domingo, 2 de maio de 2010

Do que os poetas vivem.

O jornalista se faz do jornal,
do caderno de notícias
do sobe e desce da bolsa,
das crônicas da polícia.

O garçom vive das gorjetas,
dos jogos de quarta e seu placares
dos desabafos de quem tá na sarjeta
das rodas de mesa e dos sambas populares

Os bancários, do que rende no fim do mês,
do juro sobre juros acumulados,
do empréstimo do burguês
das contas do aposentado.

E os cantores? vivem da voz!
dos show de sexta no Canecão
do timbre que canta aos ouvidos
das notas que encantam o coração.

Os cozinheiros comem com o que cozinham
e cozinham para que outros possam comer.
O que seria de Camões sem um cozinheiro?
Um alguém faminto demais pra escrever.

Os arquitetos vivem de contas e desenhos,
desenhos que viram sonhos,
contas que viram concreto,
Nessa, o pedreiro pega carona
e do cimento, tira seu sustento.

E um poeta? do que vive?
Ninguém compra poesias.
Nem cartas de amor se tivesse,
mas não vou ser jornalista, banqueiro,
garçom, cantor ou cozinheiro.
Quero fazer palavras ao coração.
E mesmo que ninguém as entenda,
o tempo há de entender,
que um amor sem poesia é crime.
Que um sonho sem poetas
é impossível de acontecer.

terça-feira, 27 de abril de 2010

As palavras e seus sentidos — A metamorfose

Cada palavra possui sua morfologia,
sonoridade e respectivo sorriso.
Mudar qualquer uma dessas características,
implica na mudança das que sobraram.
Um heroi, nada mais é, que um herói sem espada.
A Epopeia, perdeu boa parte de sua glória.
E ideia, essa sim, foi dividida,
representando, agora, uma metade.
Um partícula um pouco menos criativa.
Um raciocício ao meio.
Uma idéia que não chegou lá.

domingo, 25 de abril de 2010

As palavras e seus sentidos — Algumas verdades

Literalmente é uma palavra engraçada, quer ter a aparência de coisa séria, mas esconde vários segredos. Um deles é que, em muitos casos, ela nem existe. É uma abstração que o homem, na mania de tentar achar explicação pra tudo, fez pra entristecer ainda mais seus dias.

Ou vocês nunca se perguntaram por que as coisas tem sempre de adotar um sentido concreto? É ridículo! Pense bem, qual o sentido "palpável" de uma idéia? um sonho? felicidade? silêncio? não existe. São sentimentos que nasceram pra serem alcançados quando se consegue sentí-los, não quando se explicam. E se tentam, mentem. E se se conseguem, os matam.

sábado, 24 de abril de 2010

Mensagem ao universo

Sem novas terras, novos rumos, novos jeitos de amar.
Fadado estou, cheio de ilhas, isolado por isolar.
Mas o que tem, meu Deus, esse mar de vazio,
tem de cheio, em mim, a esperança, de um dia encontrar,
A outra metade, a vela, o cais,
onde eu possa, com calma, meu coração desembarcar.

quarta-feira, 21 de abril de 2010



Cada um que chega,
é cada um que sai.

e na somatória, chego a conclusão de
a rodoviária nada mais é, que uma grande mãe
com milhares de filhos orfãos.

terça-feira, 20 de abril de 2010

As vezes eu desligo a música quando estou entre as pessoas,
principalmente no ônibus, metro e lotação.
É estranho, mas ela me afasta delas.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Confessionário

Acharam um rio que limpa pecados.
Basta levar fé, dinheiro e sabão.
Abaixar, mergulhar e Voilà!
Pronto, temos um novo cristão.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Unidade

É o que cada pessoa representa na Humanidade. E único, é o seu papel perante o decorrer da história. Até aquele que, aparentemente, tem menos importância, possui dentro de si um motivo singular pra existir. O que, muitas vezes, acontece é que não conseguimos desenvolver o “agendado” e o nosso script, falha.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Lotação

Até a centopéia se automatizou.
Recolheu seus braços e pernas,
implantou portas e rodas.
E um grande ônibus velho virou.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Capuz ao sono

O cansaço, agora, decide obrigado:
— Dormir deixou de ser voluntário!
Fazendo meu sonho sonhar acordado,
mostrando que a minha insônia,
nada mais é, que um dormir ao contrário.

sábado, 3 de abril de 2010

Desconserto da páscoa

Sempre tive minhas controvérsias em relação ao que a Páscoa representa hoje e o que representou há dois mil anos. Por mais que tente, não acho uma conexão sequer entre os coloridos ovos de chocolate e a mensagem de Solidariedade que o Cristo Planetário deixou ao ressuscitar. O que aconteceu, na verdade, com o decorrer do tempo, foi uma inversão de valores, somados à meia dúzia de capitalismo e um crescente ceticismo no coração das pessoas. E aí, o que temos? Voilà! A Páscoa do século XXI.
Mas nesta quinta-feira, 31, desdobrou-se uma história interessante que me comoveu com o seu desfecho.

Segue a história:

Esperando o ônibus, para correr ao trabalho dentro do trânsito caótico da Capital, me deparo com uma senhora, pequenina, de roupas engraçadas, coloridas, com algumas xuxinhas presas ao enrolado e loiro cabelo, uma begala e várias sacolas. Até então, nada demais.

Ei você, sabe se o Imirim passou faz muito tempo?

Posicionado de maneira a ver se a condução estava chegando, me viro e dou de frente com ela, a senhora engraçada de outrora.

Olha, estou esperando ele também, pode deixar que assim que chegar, lhe aviso. Respondi meio sem jeito, sem tirar os olhos da avenida.

Foi então que ela, tentando recapitular o assunto, disse:

É que, sabe o que é? eu tenho um problema na perna (o que explica a bengala, citada no início), mal consigo dobrá-la. Será que você pode me ajudar com as sacolas quando o ônibus chegar?

Claro que posso! Assim que ele parar aqui no ponto, lhe ajudo, e todos eu, você e as sacolas subiremos.

E ele parou. Ambos entraram. Ambos sentaram. No decorrer da viagem, assunto foi o que não faltou. Dona Virtudes tomava doze comprimidos de cefalexina e, por não ter condições de pagar táxi todos os dias, se prestava a ter que suportar as chaqualhadas descompassadas da condução. Digamos que ela representa a camada crescente de idosos que, por não terem outra opção, se "adaptam" à loucura de São Paulo, lhe restando apenas desabafar, com quem quiser ouvir, sobre como em algum momento de sua vida, as coisas eram diferentes.
Até que entre o vai-e-vem das curvas e lombadas, ela vira pra mim, posiciona sua mão sobre as sacolas e retira um ovo de Páscoa dourado, de marca simples e quase não conhecida.

Sei que parece estranho, mas fica com ele, como forma de agradecimento por hoje.

No início, obviamente, recusei. Mas a insistência da aposentada foi tamanha que fui vencido, e com um sorriso sem graça, mas feliz, o coloquei dentro da bolsa. Chegou seu ponto final e, assim como ao entrar, a ajudei a sair. De longe, ela andava meio torta e balançando de um lado para o outro as sacolas, só que dessa vez, sem um dos ovos dourado.

Aquilo me deixou meio anestesiado, bobo, refletindo sobre o acontecido. Foi então, que percebi. Naquele momento, assim, pra mim, a Páscoa e todo o seu sentido perdido, tinha se consertado.

domingo, 28 de março de 2010

Pilares de areia

O amor não é se envolver com a pessoa perfeita, aquelas do nossos sonhos. Não existem príncipes, nem princesas. Existem pessoas que querem encontrar alguém e crescer mutuamente. Encarando o companheiro de forma sincera e real, mostrando suas qualidades, mas sabendo de seus defeitos. Puro é, o Amor, quando, em sua concepção real, encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser.
Não adianta reclamar de frustrações ou relacionamentos mal resolvidos. Realmente, sei que não é fácil passar pelas situações turbulentas que vêm. A vida é uma grande tempestade. Mas, pelo menos, se tem alguém pra dividir as lágrimas e aqueles que nem isso tem? Acredite, se já é difícil, com alguém, vencer, imagine sozinho?
Até por que, são elas tantas vezes ignoradas que fortalecem a areia na construção dos nossos pilares diários. Aposto que, sem eles, muitos já teriam desmoronados no primeiro terremoto.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Fatias

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente

Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 25 de março de 2010

terça-feira, 23 de março de 2010

Comum e normal

No caminho da volta para casa, uma senhora de cabelos bem branquinhos, em um tom de desabafado, ao terminar de contar sobre sua indignação ao ver pais que jogam meninas pela janela serem julgados só agora, soltou a seguinte frase:

— Ah, como pode? nem sei mais por quê ainda me preocupo com isso.
Hoje em dia é tão normal.

Pera aí! ISSO É TUDO, MENOS NORMAL. Não invertam os significados das palavras por favor. O mundo pode estar se afogando em mar de sangue, se afundando em índices de violência e se sufocando em tanta poluição que, ainda sim, esse tipo de atitude não será normal. Pode, por fim, se tornar comum, corriqueira e até mesmo cair no esquecimento como outras inúmeras catástrofes sociais — a exemplo das inúmeras bolsas de pobreza espalhadas pelo Brasil. Mas, a não ser que a sociedade guine 180º em seus princípios, ainda nos espantaremos com um assalto ou nos revoltaremos ao ver alguém que passa sede no agreste nordestino, enquanto nos tecnopolos do eixo Sul-Sudeste o tempo mínimo de banho é de trinta minutos.

Comum não quer dizer normal, quer dizer repetitivo.
A violência pode se tornar comum, mas nunca normal.

segunda-feira, 22 de março de 2010

22 de março

O desperdício mora no imediatismo, na superficialidade que as coisas rumaram com essa loucura chamada globalização. Não é só o fato de deixar a torneira aberta ou demorar no banho, essa é a ponta do Iceberg. Banir essas práticas tendo como desculpa diminuir o desperdício é bater na mesma estaca que os neo-malthusianos batiam, ou seja, destruir as consequências. O buraco é mais em baixo:
É pegar o ser humano, fazê-lo voltar ao pré-primário, e ensina-lo a importância que cada coisa tem e não só perceber isso depois que ela está em falta. Até porque, se continuar assim, a água vai acabar e vamos achar outra coisa pra destruir: florestas. Dinheiro. Ar. Energia. Tempo. Sentimentos. Vidas.

domingo, 21 de março de 2010

Bomba relógio

Já se provou que todos derivamos de uma única raça, já se adota a expressão condição sexual ao invés de opção sexual e até existem pesquisas mostrando que o universo é finito. Mas, desde que a humanidade se reconhece como tal, a intolerância se faz presente em, para não dizer todos, muitos momentos do cotidiano.
E não se precisa ir muito longe para achar provas, basta analisar nas escrituras sagradas a situação passada pela adultera que há quase dois mil anos, ao ser descoberta, quase foi apedrejada.
Seria diferente hoje? O terror narrado pela Folha de São Paulo na época do índio e da garota de programa que quase foram queimados vivos atestam que não. Na verdade, só mostram que a sociedade, mesmo passando por inúmeros avanços tecnológicos e descobrindo vacinas de uma série de doenças, ainda não descobriu uma para a intolerância.
Pelo simples fato de que não existe uma fórmula mágica para que ela desapareça, ela não vai se extinguir por decreto. Até porque, não foi moldada de uma hora para outra, pelo contrário, foi se consolidando através de exemplos que se arrastaram: a brincadeira sem graça com os colegas, a piada preconceituosa do pai aos amigos e até mesmo exemplos de uma sociedade que viveu a milhares de anos.
Enquanto a massa não for conscientizada e a educação só se basear em conceitos como teorema de Pitágoras ou normas conjugativas de verbos e ignorar a necessidade da implantação de conceitos que priorizem, por exemplo, a cultura ecumênica ou a convivência cidadã — diferente daquela em que se aprende apenas os direitos e deveres. Estaremos criando uma bomba-relógio, por hora desativada, mas com um forte poder destrutivo, caso alguém arranhe a crença de quem as possui.
Todos podemos olhar para nós mesmos e procurar o que existe de pior em nosso interior. Basta olhar para o espelho e procurar nossa intolerância diária: religiosa, política, profissional, esportiva, sexual etc. Curiosamente, talvez descubramos que somos todos intolerantes: basta que alguém arranhe alguma das nossas crenças.
(Adaptação do texto de Marco Antônio de Carvalho)

sábado, 20 de março de 2010

"Dois corpos não ocupam o mesmo lugar" já preconizava Newton. Mas esse conceito não se aplica apenas na física propriamente dita.
Um exemplo disso é o turbilhão de informação que os meios de comunicação impelem aos que os assistem: notícias, dados, análises e fofocas, que muitas vezes querem mesmo é desviar a atenção para assuntos banais e corriqueiros, encobrindo o que lhes, politicamente, convém. Fato que mostra como, em alguns aspectos, a sociedade não evoluiu o esperado, comparado à tempos remotos, onde se aplicava a política do pão e circo, iludindo a população, enquanto o Estado era administrado sem a supervisão pública.
Não que se deva subjugar a cultura de massa ou a importância do Carnaval e do futebol, mas é fundamental saber que enquanto os foliões estão pulando alegremente e os fiéis torcedores vibrando por seus times, o mundo, fora do sambódromo e dos estádios, continua acontecendo. E o pior de tudo isso é que ele acontece sem que as pessoas saibam.

Vale lembrar a análise do psicólogo britânico David Lewis, dizendo "informação não é sinonimo de resolução de problemas. Muitas vezes, vira até a causa deles. O excesso de notícias pode ser tão ruim quanto a ignorância, dificultando a tomada de decisões e levando a paralisia".

Cabe a nós, então, saber filtrar de maneira a analisar qual o tipo de informação é necessária para a formação dos futuros pais, professores, políticos e cidadãos. Caso contrário, a paralisia, citada por Lewis, não atingiria apenas um individuo, mas sim, incorporaria proporções maiores, como a estagnação de uma sociedade — e por que não uma nação? já que não haveria quem supervisionasse a administração do Estado, de novo.


sexta-feira, 19 de março de 2010

Para mim, que é o amor?

— Sabe que meu pai tinha um carro? e acho que isso tem muito a ver com amor. Acredite, tem sim! Pois é, em 1980, ele tinha um carro. Existia também uma menina, e todas as vezes que ele ia pegá-la para sairem, ele abria a porta do carrão, esperava ela entrar e, ao fechar, dava a volta no carro. Só que, antes dele chegar, ela se esticava até a porta do motorista e apertava o botão, trancando-o para fora.

Então ela ficava lá dentro fazendo caretas e os dois morriam de rir.

Para mim, isso é amor, ou um bom rascunho do que possa ser.

Adaptação: http://meadd.com/andr3h
Material: Banner de campanha radiofônia, incentivando a conscientização da população relacionada ao efeito estufa.
Chego ao ponto as 6:00 e o ônibus chega as 6:45, todos os dias. Quarenta e cinco minutos de espera:
— Por que chegar tão cedo?
— Por que chegar tão cedo?
— Por que chegar tão cedo?
As pessoas às pessoas com ar de indagação.

Cansei! pensei.

Resolvi, então, me render a maioria.
Durmi até tarde e saí despreocupado. Cheguei as 6:40.

O ônibus, nesse dia, tinha passado as 6:10.

terça-feira, 16 de março de 2010

Daltonismo

olhe de novo;
não existem brancos,
não existem amarelos,
não existem negros,
somos todos arco-íris.
(Ulisses Tavares)



E de onde surgiu todo esse ódio?

quarta-feira, 10 de março de 2010

Corrupção, desemprego, abismos sociais e educação precária. A ponta do Iceberg que representa um Brasil não voltado para a sua população não poderia encabeçar outros problemas senão esses. Enquanto projetos que melhorarão nossa imagem para o exterior como a Copa de 2014, as Olimpíadas de 2016 e a construção do trem bala começam a ganhar forma, aqui dentro a realidade é outra, em que a bala, por exemplo, é a que perfura nossa janela e estampa os noticiários.

Esperar paz de uma geração crescida na violência? loucura! milagres não existem quando se trata da formação de um carater, é um processo de semeadura. Cultivo. Colheita. O mesmo jovem que é tratado como um a estatística hoje, amanhã será o médico que operará seu coração ao auge dos seus 95. Acredite, a catarata vai chegar, problemas renais chegarão e, porque não, um câncer?
E quem será o responsável por indicar o tratamento? A mesma geração que tem como base influências de uma política apolitíca, um metodo de ensino ineficaz, uma inserção parcial no mercado de trabalho e gritantes problemas sociais, como falta de, por exemplo.

Chega a ser matemático.

O indivíduo, sendo o que for, engenheiro ou vendedor-de-sorvete-de-milho-na-praia. Enquanto houver defasagem nos exemplos, haverá defasagem nos seguidores desses exemplos.
Agora, um vendedor de sorvete de carater duvidoso, muitos conseguem aceitar. E o médico que vai operar seu coração? você consegue?

terça-feira, 9 de março de 2010

Saudade pautando os hojes,
que de tão presente quase posso tocar.
Tem cheiro de coisa nova,
e sim! tem vontades que ainda não sei se há.
Mas é que é estranho a tua não-presença ou a falta do seu andar,
tocando o sol do dó ré mi fá.
Acalmando as tardes quentes que só tendiam a piorar.

é exótico, charmoso e bipolar.
uma hora aí, outra lá. Mas meu bem se quiser,
vem pra cá! que nesse outro lado de mundo,
tem, por falta de uma, duas metades pra te completar.


domingo, 7 de março de 2010

Em inglês, francês, italiano, alemão ou até em calatão.

É dificil existir em algum idioma a tradução literal ou o verdadeiro sentido no qual "saudade" representa para a gente. Tudo bem, admito, nós brasileiros temos a mania de exagerar um pouco no tempero em tudo que fazemos, sentimos, vemos ou dizemos e que não há, por exemplo, um só nordestino que ao ser indagado "onde fica tal lugar?", não dê pelo menos umas trinta e sete sorridentes maneiras de chegar até lá.

Mas é que complica para qualquer ser humano explicar. Não é só assim, saudade por saudade. Isso é FALTA, o que talvez seja um dos componentes da formula, mas não ela inteira. E foi essa formula, que se resume em "falta=saudade", que os idiomas traduziram:

"Estou cada vez com mais saudade de você
/ I miss you more and more every day
"

– miss, segundo o Michaelis:
n
falha, erro. • vt+vi 1 errar, não acertar (o alvo). 2 não obter. 3 deixar escapar. 4 não notar. 5 não compreender. 6 omitir. give it a miss / omita-o, deixe-o de lado. 7 passar sem. 8 achar falta de. 9 malograr. to miss a chance perder uma chance. to miss a party perder uma festa. to miss out omitir, não incluir. to miss the boat perder uma oportunidade. to miss the bus perder o ônibus. to miss the meaning não entender o significado.


É exatamente isso? pra eles talvez sim.
Para nós talvez não. É como se estivessem faltando pelo menos duas icógnitas para essa equação funcionar. Não é só da falta que surge a saudade, senão seria teriamos uma saudade seca, momentânea, vazia. Ela não vem sozinha, geralmente (e quando digo isso, é por que pode variar infinitamente de indivíduo para indíviduo) está atrelada a inúmeros fatores (fat) e sentimentos (sent.): Amor e desprezo, amizade e distância, sorriso e vazio, lembrança e solidão, culpa e despedida... todos multiplicados pela falta que fazem. Tornando essa mistura de fatores, sentimentos e falta bem mais intensos que a abstnência pela abstnência.


Bem dizia Chico Buarque:
"Saudade é uma mãe arrumando o quarto do filho que já morreu"

sexta-feira, 5 de março de 2010

Na música, o próprio silêncio tem ritmo.

Claudio de Souza

Só pra abrir bem o fim de semana.

quinta-feira, 4 de março de 2010

“Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
dor que desatina sem doer”.
Luís de Camões

Uma vestibulanda de 16 anos deu a sua interpretação:

“Ah, Camões!, se vivesses hoje em dia,

tomavas uns antipiréticos,
uns quantos analgésicos e

Prozac para a depressão.
Compravas um computador,
consultavas a internet

descobririas que essas dores que sentias,
esses calores que te abrasavam,
essas mudanças de humor repentinas,
esses desatinos sem nexo,
não eram feridas de amor,
mas somente falta de sexo!”

Com todo o respeito à figura enigmática e a influência no que diz respeito ao classicismo de Portugual que Camões representou, mas esse não deixa de ser um ponto de vista diferente e cômico, vamos combinar.

A vestibulanda ganhou nota DEZ, pela originalidade, pela estruturação dos versos, das rimas insinuantes e também, foi a primeira vez que, ao longo de mais de 500 anos, alguém desconfiou que o problema de Camões era apenas falta de sexo.


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Série: COP 15 Copenhage
Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas.

Cliente:
Portal Boa Vontade
Data: de 7 a 18 de dezembro. 2010
Mídia: internet

O COP 15 foi uma reunião que acontececeu em dezembro, em Copenhague, para se pensar num acordo para diminuir a intensidade das mudanças climáticas, seria uma esperança para muitos que lutam pelo meio ambiente. O Portal Boa Vontade (http://www.boavontade.com) decidiu então colaborar, de forma a alertar aos internautas sobre suas atitutes no agora e o que isso traria de consequência para o futuro.

Banners de internet:





Detalhes:

Site do escritor: http://www.paivanetto.com
Direção de arte
: Jonny César


terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

"Se aquela adúltera do Evangelho de São João aparecesse diante de uma multidão brasileira, com certeza seu destino seria diferente. Queriam apedrejá-la, mas Jesus, como se sabe, disse à multidão que aquele que não tivesse pecado atirasse a primeira pedra. E, de quebra, ainda disse à mulher, em outras palavras, que tampouco Ele atiraria a primeira pedra. A Multidão se desfez com o rabo entre as pernas, a mulher não foi apedrejada."
(João Ubaldo Ribeiro)

Uma atitude gera frutos, fato. E, pedras à parte, são as coisas (aparentemente) mais insignificantes que marcam, muitas vezes de forma irreversível, essa máquina estranha chamada ser humano. Excluindo os caracteres com algum tipo de insanidade mental ou complexo de superioridade, todos nós que temos qualquer tipo de preconceito ou hipocrisia, aprendendemos com alguém.

A piada do pai, a brincadeira com as amigas, a ironia do professor ou a palhaçada alheia estão presentes na vida de cada um, e isso é até bom. A grande questão é, o quão as graçinhas mal-intensionadas de hoje, podem virar atitudes nem tão engraçadas futuramente?

As vezes a sociedade parece um grande espelho de gerações, em que, o que nossos avós faziam a 80 anos, influenciou o que os nossos pais fizeram a 30 e eles, por sua vez, em nós, atualmente. Chega a ser quase moldável. E quando eu digo isso, relaciono desde com a primeira guerra mundial, revolução industrial até a destruição do planeta. O ponto chave é: Se isso funcionou e funciona em grandes proporções, porque não funcionaria em pequenas?

(...) "como não há grande diferença entre aquele que acerta um passarinho (e ri as risadas de vitorioso) e essas figuras que ocupam os nossos livros de História. Com um pouco mais de poder e, consequentemente, ampliado o tamanho da pedra, seriam as mesmas pessoas capazes de bombardear o mundo."
(Rita Apoena)

Pois é, são palavras, pequenos gestos ou uma simples piada que, supostamente, deixam claro para uma criança, que o caminho do preconceito ou da hipocrisia, é melhor ou mais ilário. ESTUPIDEZ! Na verdade, embassa ainda mais a vista dela, fazendo-a acreditar que uma sociedade melhor é uma sociedade que goste de odiar pessoas.

— Ou você acha, Rita, que esse menino aprendeu a atirar em passarinhos sozinho?

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Campanha: 60 anos | Legião da Boa Vontade
Cliente: LBV
Data: 2009 - 2010 - 2011
Direção de arte: Jonny César

Logo final:

"A Legião da Boa Vontade (LBV) completou, em 2010, 60 anos de existência. Para coroar o evento, um selo foi desenvolvido tendo como foco principal mostrar o espírito de cooperação e incentivo espontâneo de Amor ao próximo presente desde os primórdios da intituição. As imagens formando o número 6 e 0 demonstram o quanto criar, fermentar e realizar projetos de atendimento e inclusão sociais ajudaram a construir tudo o que ela representa hoje, em seu sessagenário aniversário."

— A instituição é responsável por mais de 7,5 milhões de atendimentos em 2008.

Detalhes:
"As cores azul e dourado foram escolhidas por fazerem parte do logo. Um coração azul rodeado por trinta e quatro elos, represetando a passagem no Evagelho segundo Matheus onde se encontra o Novo Mandamento do Cristo Ecumênico: — Amai-vos uns aos outros assim como Eu vos tenho amado. Bandeira Vanguardeira e Lema de vida adotado pela instituição."

Traduzido em vários idiomas:

"A arte foi traduzida do português para os sete idiomas oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU) e utilizado pela instituição em várias mídias impressas e virtuais."

Preview:
espanhol, inglês, alemão, esperanto, francês e italiano
.

Para mais informações sobre a LBV acesse:
http://www.boavontade.com

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

- É, as vezes as tardes de São Paulo são mais que carros, fumaça e um monte de gente passando com pressa sem nem saber pra onde vão.

"Look how they shine for you,
And everything you do,
Yeah, they were all yellow"

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Por isso que eu digo:
Amar alguém, não é só amar alguém.

Existem milhares de processos completamente loucos e esquisofrênicos que acontecem dentro do nosso corpo e da nossa alma para que possamos amar. Não é só dividir escovas de dentes ou comprar uma aliança que tornará isso mais fácil.

É riscar indiferenças do dicionário, dividir com as oito horas comerciais a atenção diária dele. Saber ouvir que o vestido ficou estranho. Perceber que a partida final do brasileirão e o último capítulo da novela podem entrar num arcordo. Aceitar que quando o celular tocou, realmente acontecia uma reunião. É entender que existe todo um aparato do destino para que estivessem juntos, que realmente existiu uma sequência de atitudes e ações que fizeram com que vocês estivessem naquele lugar, naquele dia, naquele momento para se conhecerem.

"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. C. Lispector"

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

"Toda rosa é rosa porque assim ela é chamada
Toda Bossa é nova e você não liga se é usada
Todo o carnaval tem seu fim
Todo o carnaval tem seu fim
E é o fim, e é o fim"

Bom, nada como uma chuvosa quarta-feira de cinzas para coroar mais um carnaval que se foi. Fantasias guardadas, alegorias nos galpões e, só então, todos podem deixar sua bandeira de lado, guardar a alegria no bolso e colocar o nariz vermelho pra voltar a ser José, Antônio, Gilberto, Silvia, Amanda ou Gildete de novo.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Céticos não entendem:
- O que é acreditar no que não se vê?

Mas minha fé não é tola, não é fraca, nem é em vão.
Tudo que acontece e aconteceu não é apenas uma sequência de fatos.
Existe um Deus dentro de mim, e se existe, porque não existiria uma Razão?

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Que saudade! Agora me aguardem,
chegaram as tardes de sol a pino.
Pelas ruas, flores e amigos me encontram
vestindo o meu melhor sorriso.
Campanha: Dia dos namorados 2010 | Cartões virtuais.
Cliente: Portal Boa Vontade | www.boavontade.com
Data: 14 de fevereiro
Direção de arte: Jonny César

Anúncio e Newsletter:


"O objetivo é mostrar, através das marcas formando um coração, a união de duas pessoas, independente da cor, opção sexual, raça ou religião. As digitais simbolizam a maneira singular que cada um tem de amar. "

Banner internet:



Foco principal: Fazer com que o internauta interaja com o site, enviando assim, os cartões virtuais disponibilizados por ele para seu companheiro.
Foco consequência: Aumentar os pontos de acesso do portal e a fidelização do internauta.

E-mail de confirmação:


Mídia internacional : traduzido para alemão, inglês, francês, italiano, esperanto e espanhol.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

te olhar, te ler e, quem sabe, te decifrar.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010



O sorriso é um caminho andado, é a ponte, o silêncio que convida à vida. É a outra face, o susto que vira surpresa, o tapa na cara do tédio, a excessão do desespero. O sorriso, enfim, pode ser o que vier, até o não sorrir é um sorriso se quiser. Porque no final das contas, ele é jeito inventado, do tímido ao extravagante, de dizer sem querer dizer: " — Ei, muito obrigado!".
– Tio, cê tá tirando foto pra reformar a quadra pra gente?
Foi quando um livro olhou para o outro e disse:
amar? amar é esquecer as interrogações.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Saber pra onde ir, onde voltar. Gente:
Com passagem na mão, sonho no coração
e na ponta do dedo, uma decisão:

Fazer de uma vida velha, um ano novo.

Novo blog.
Sejam bem-vindos.