(João Ubaldo Ribeiro)
Uma atitude gera frutos, fato. E, pedras à parte, são as coisas (aparentemente) mais insignificantes que marcam, muitas vezes de forma irreversível, essa máquina estranha chamada ser humano. Excluindo os caracteres com algum tipo de insanidade mental ou complexo de superioridade, todos nós que temos qualquer tipo de preconceito ou hipocrisia, aprendendemos com alguém.
A piada do pai, a brincadeira com as amigas, a ironia do professor ou a palhaçada alheia estão presentes na vida de cada um, e isso é até bom. A grande questão é, o quão as graçinhas mal-intensionadas de hoje, podem virar atitudes nem tão engraçadas futuramente?
As vezes a sociedade parece um grande espelho de gerações, em que, o que nossos avós faziam a 80 anos, influenciou o que os nossos pais fizeram a 30 e eles, por sua vez, em nós, atualmente. Chega a ser quase moldável. E quando eu digo isso, relaciono desde com a primeira guerra mundial, revolução industrial até a destruição do planeta. O ponto chave é: Se isso funcionou e funciona em grandes proporções, porque não funcionaria em pequenas?
(...) "como não há grande diferença entre aquele que acerta um passarinho (e ri as risadas de vitorioso) e essas figuras que ocupam os nossos livros de História. Com um pouco mais de poder e, consequentemente, ampliado o tamanho da pedra, seriam as mesmas pessoas capazes de bombardear o mundo."
(Rita Apoena)
Pois é, são palavras, pequenos gestos ou uma simples piada que, supostamente, deixam claro para uma criança, que o caminho do preconceito ou da hipocrisia, é melhor ou mais ilário. ESTUPIDEZ! Na verdade, embassa ainda mais a vista dela, fazendo-a acreditar que uma sociedade melhor é uma sociedade que goste de odiar pessoas.
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