terça-feira, 14 de agosto de 2012

Chave

É uma briga e tanto quando as palavras se recusam a abandonar o campo das ideias. Olho para os móveis, procuro nas janelas e quase imploro para que a cadeira velha de quina para parede me dê alguma pista do que escrever. E nada. É como se as palavras estivessem e não estivessem lá, tudo isso ao mesmo tempo. Como se vivessem em estado de dormência, mornas na inércia em tingir o papel. Até desconfio que na maioria das vezes elas moram no que é exterior a mim, me evitando, desviando ou mudando de calçada como um vizinho bravo que insiste em virar a cara só para não dar bom dia.

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